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O que é a COP 16 e qual sua importância para a biodiversidade?

Escrito por: Edgar Alberto Agudelo | 28 de agosto de 2024

A COP 16 da Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD) é a 16ª Conferência das Partes deste tratado internacional, cujo principal objetivo é estabelecer agendas, compromissos e estruturas de ação para conservar a diversidade biológica e colocá-la em uso sustentável, bem como garantir o compartilhamento justo e igualitário dos benefícios decorrentes da utilização dos recursos genéticos.

Essas conferências reúnem atores importantes da comunidade internacional, com exceção dos Estados Unidos, pois não são um país membro do tratado. Embora os Estados Unidos tenham assinado o tratado, nunca o ratificaram, o que significa que não são uma parte oficial do acordo; no entanto, representantes de comunidades indígenas, organizações não governamentais, sociedade civil e setor privado também participam para discutir e tomar decisões sobre políticas e estratégias globais relacionadas à biodiversidade. A COP 16 da CBD (Convenção sobre Diversidade Biológica) está programada para ocorrer em Cali (Colômbia) de 21 de outubro a 1º de novembro de 2024.

Espera-se que os países membros analisem o progresso feito na implementação do Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal adotada na COP 15.

Também se espera que sejam discutidas novas estratégias e compromissos para enfrentar os desafios emergentes na conservação da biodiversidade, nas mudanças climáticas e no desenvolvimento sustentável.

O que é o acordo da Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal?

O Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal é um tratado internacional que foi adotado na Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP 15) em dezembro de 2022.

Esse acordo tem como objetivo interromper e reverter a perda global de biodiversidade até 2030 e nos anos seguintes. Ele é visto como um marco importante nos esforços globais para enfrentar essa crise, destacando a necessidade urgente de proteger e restaurar os ecossistemas naturais.

Esse tratado foi o resultado de intensas negociações e reflete um compromisso global para enfrentar os desafios ambientais atuais.

Também integra a importância da biodiversidade nas decisões de desenvolvimento político, econômico e ambiental. Isso inclui a promoção de práticas sustentáveis. Além disso, destaca a necessidade de aumentar o financiamento e os recursos para a conservação, garantindo apoio adequado de fontes nacionais e internacionais, públicas e privadas, aos países em desenvolvimento.

O que são e o que abordam as 23 metas em análise na COP 16?

As 23 metas do Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal, a serem revisadas na COP 16, buscam abordar de forma abrangente a proteção e a sustentabilidade da biodiversidade global. Essas metas abrangem aspectos fundamentais, como planejamento espacial e uso sustentável de recursos, com ênfase na restauração de ecossistemas degradados, na conservação de áreas e espécies protegidas e no gerenciamento eficaz de recursos naturais e da biodiversidade.

Elas promovem a redução da poluição, o controle de espécies invasoras e a integração da biodiversidade às políticas de desenvolvimento e erradicação da pobreza.

O objetivo é garantir a conservação e a restauração da biodiversidade por meio de estratégias que promovam o uso sustentável de recursos, a proteção de habitats e espécies e a mitigação dos impactos negativos das mudanças climáticas e da poluição.

Elas também buscam melhorar o compartilhamento equitativo dos benefícios derivados da biodiversidade, bem como a mobilização de recursos financeiros e a transferência de tecnologia para apoiar esses esforços.

Além disso, destaca-se a importância da participação inclusiva das comunidades locais e dos povos indígenas, garantindo que seus direitos e conhecimentos sejam respeitados e valorizados. A igualdade de gênero é outro aspecto crucial, promovendo oportunidades iguais para mulheres e meninas na gestão de recursos naturais. Juntas, essas metas representam um esforço coordenado para enfrentar os desafios ambientais globais e garantir um futuro sustentável para a biodiversidade e o bem-estar humano.

Colômbia trabalhará em 9 metas na COP 16

A Colômbia se concentrará no cumprimento de 9 metas do Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal, que são as seguintes:

Rumo a uma economia regenerativa (Metas 2, 3 e 11)

A economia regenerativa promove a restauração e a regeneração de ecossistemas naturais, bem como a redução da pegada ecológica, defendendo a restauração de ecossistemas degradados, o gerenciamento sustentável de áreas protegidas e a conservação da biodiversidade em paisagens urbanas e rurais.

A Smurfit Westrock está implementando programas de reflorestamento e restauração de habitat nas áreas onde opera, bem como iniciativas de colheita florestal sustentável que visam melhorar a qualidade do solo e a biodiversidade local, garantindo que suas operações contribuam para a regeneração dos ecossistemas.

Reduzir a poluição e proteger a biodiversidade (Meta 7)

Reduzir a poluição a níveis que não prejudiquem a biodiversidade. Para atingir essa meta, são necessárias ações que incluam:

Implementar melhores práticas de tratamento de água e efluentes.
Controlar o escoamento agrícola e o uso excessivo de fertilizantes e pesticidas.
Promover práticas agrícolas sustentáveis que reduzem a erosão do solo e a contaminação por produtos químicos.
Manejar adequadamente os resíduos sólidos e perigosos.
Reduzir o descarte de resíduos plásticos e outros poluentes nos oceanos e corpos d'água.

Economia Circular para um futuro sustentável (Meta 16)

A transição para uma economia circular, em que o uso de recursos e a geração de resíduos são minimizados por meio da reciclagem e reutilização de materiais. Essa abordagem visa a reduzir a pressão sobre a biodiversidade e os ecossistemas.

A Smurfit Westrock implementou práticas de reciclagem de papel e papelão em suas operações, promovendo o uso de materiais reciclados na produção de embalagens. Ela também está desenvolvendo soluções inovadoras para reduzir o desperdício em seus processos de produção e maximizar a reutilização de recursos.

Integração da biodiversidade nas cadeias agroindustriais (Meta 10)

Essa meta se concentra na integração da conservação da biodiversidade às cadeias de suprimentos agroindustriais e na obtenção do desmatamento zero. Isso envolve garantir que as práticas agrícolas e florestais sejam sustentáveis e não contribuam para a perda de habitats naturais.

A Smurfit Westrock está implementando práticas de gestão florestal sustentável que conservam a biodiversidade por meio do reflorestamento comercial que ajuda a proteger os ecossistemas e a garantir a produção sustentável de madeira (FSC*) e auxilia na restauração florestal que beneficia as comunidades locais.

* Código de licença FSC C011320

Contribuições do setor organizacional para a biodiversidade (Meta 15)

A Meta 15 visa a que as organizações reconheçam e gerenciem suas dependências e contribuições para a biodiversidade. Isso inclui a avaliação dos impactos e a implementação de medidas para atenuar os efeitos negativos e maximizar as contribuições positivas.

A Smurfit Westrock realiza avaliações de impacto ambiental para identificar e gerenciar sua pegada de biodiversidade, e também está comprometida com a transparência, publicando relatórios de sustentabilidade que detalham seus esforços para reduzir os impactos negativos e contribuir para a conservação da biodiversidade.

Ampliação do financiamento privado para a natureza (Meta 19)

A Meta 19 busca mobilizar o financiamento privado para a conservação da biodiversidade, reconhecendo que o investimento na natureza é crucial para sua proteção e recuperação.

A Smurfit Westrock destinou fundos para projetos de conservação e reflorestamento, além de colaborar com organizações sem fins lucrativos e governos em iniciativas de financiamento para a proteção da biodiversidade.

Ela também é uma das primeiras a adotar a TNFD (Task Force on Nature-related Financial Disclosures), iniciativa que fornece uma estrutura para que as organizações gerenciem e divulguem os riscos associados à natureza. Essa abordagem se concentra na avaliação de dependências, impactos, riscos e oportunidades relacionados à natureza no contexto das atividades comerciais.

Capacitação em biodiversidade e gerenciamento de informações (Metas 20 e 21)

Essa meta visa a fortalecer a capacidade e o gerenciamento de informações sobre a biodiversidade. Isso inclui o treinamento da equipe e o aprimoramento dos sistemas de monitoramento e relatórios para a tomada de decisões informadas.

A Smurfit Westrock investe no treinamento de seus funcionários em práticas de sustentabilidade e conservação da biodiversidade, além de desenvolver sistemas avançados de monitoramento para avaliar e relatar seu impacto nos ecossistemas, facilitando o gerenciamento adaptativo e a melhoria contínua de suas operações.

Principais pilares temáticos

A COP 16 aborda vários pilares temáticos importantes para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade.

Os pilares temáticos que orientarão as discussões e ações na COP 16 são:

1. Paz com a natureza:

Reconhecimento da interdependência: é estabelecida uma nova relação harmoniosa com o planeta, na qual a conservação da biodiversidade é fundamental para o bem-estar humano e o desenvolvimento sustentável.

Abordagem holística: serão discutidas as causas subjacentes da perda de biodiversidade, como mudanças climáticas, desmatamento, exploração excessiva e poluição.

Soluções baseadas na natureza: será incentivado o uso de estratégias que imitem a natureza para resolver problemas ambientais e sociais.

2. COP das pessoas:

Inclusão e participação: busca garantir a participação justa e equitativa de todos os setores na busca de soluções para a crise da biodiversidade.
Conhecimento ancestral: a valiosa sabedoria das comunidades que vivem em harmonia com a natureza há gerações é reconhecida.
Empoderamento das comunidades: busca-se fortalecer as capacidades e as oportunidades para que as comunidades locais desempenhem um papel de liderança na conservação e no uso sustentável da biodiversidade.

3. Natureza e mudanças climáticas:

Crise dupla: abordará a estreita relação entre a perda de biodiversidade e as mudanças climáticas, reconhecendo que ambas são ameaças urgentes que exigem soluções interconectadas.
Proteção dos ecossistemas chave: será dada prioridade à conservação de ecossistemas, como florestas, recifes de coral e fontes de água, que são essenciais para a regulação do clima e o fornecimento de serviços de ecossistema.
Soluções baseadas na natureza: será promovido o uso da biodiversidade para mitigar e adaptar-se às mudanças climáticas, como reflorestamento, restauração de ecossistemas e agricultura sustentável.

4. Convergência regional:

Colaboração entre países e regiões: a colaboração entre países e regiões será fomentada para enfrentar os desafios da biodiversidade de forma conjunta e coordenada.
Troca de conhecimento e experiências: serão compartilhadas as melhores práticas e lições aprendidas para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade em diferentes contextos.
Fortalecimento da cooperação Sul-Sul: a colaboração entre os países do Sul Global será promovida para enfrentar os desafios comuns da biodiversidade.

5. Financiamento para a implementação:

Mobilização de recursos: serão buscados mecanismos para aumentar o investimento na conservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais.
Financiamento inovador: serão exploradas novas fontes de financiamento, como o investimento do setor privado e os mecanismos de pagamento por serviços ecossistêmicos.
Equidade no acesso aos recursos: será assegurado que os recursos financeiros sejam distribuídos de maneira justa e equânime.

Por que a biodiversidade é tão importante para a COP 16?

A Colômbia, como um país megadiverso, tem um papel fundamental a desempenhar na luta pela conservação da biodiversidade em nível global. A COP 16 é uma oportunidade para consolidar sua liderança nesse campo, compartilhando suas experiências e conhecimentos com o mundo e promovendo ações concretas para proteger a riqueza natural do planeta.

A COP 16 também representa uma grande oportunidade para impulsionar o desenvolvimento sustentável na Colômbia. A transição para uma economia verde, baseada no uso sustentável dos recursos naturais, pode gerar novas oportunidades econômicas e melhorar a qualidade de vida das comunidades locais.

Em resumo, a COP 16 na Colômbia é um momento crucial para unir forças e tomar medidas urgentes para proteger nosso planeta. O sucesso dessa cúpula dependerá do compromisso de todos os atores envolvidos, desde governos e organizações internacionais até comunidades locais e o setor privado.

Como a COP 16 se relaciona com as organizações?

A COP 16 também desempenhará um papel importante ao lado de diferentes tipos de organizações comprometidas com o desenvolvimento das metas a serem alcançadas.

Como as organizações podem participar da COP 16?

Organizações ambientais: desempenham um papel fundamental na conservação da biodiversidade e podem contribuir para a COP 16 compartilhando seu conhecimento e experiência, promovendo a participação da sociedade civil e advogando por políticas públicas efetivas.
Organizações do setor privado: podem contribuir com a COP 16 ao se comprometerem com práticas sustentáveis, reduzindo sua pegada ambiental e desenvolvendo produtos e serviços ecológicos, ao longo de sua cadeia de suprimentos.
Organizações de pesquisa: a pesquisa científica é fundamental para compreender e proteger a biodiversidade. As organizações de pesquisa podem contribuir com a COP 16 gerando conhecimento, desenvolvendo novas tecnologias e compartilhando suas descobertas com o público.
Organizações de povos indígenas e comunidades locais: estas comunidades possuem conhecimento inestimável sobre a biodiversidade e desempenham um papel crucial na sua conservação. Sua participação ativa na COP 16 é essencial para garantir que seus direitos e interesses sejam levados em consideração.
Organizações da sociedade civil: desempenham um papel fundamental na promoção da conscientização ambiental e participação cidadã. Elas podem contribuir para a COP 16 mobilizando suas comunidades, educando o público e advogando pela ação ambiental.

Smurfit Westrock Colombia comprometida com as 9 metas da COP 16

A Smurfit Westrock está comprometida com as metas da COP 16, dando destaque à conservação da biodiversidade e a sustentabilidade ambiental. Implementando programas de reflorestamento e restauração de habitats que promovam a regeneração de ecossistemas naturais e melhorem a qualidade do solo e da biodiversidade local.

Além disso, adota práticas de reciclagem de papel e papelão, fomentando o uso de materiais reciclados na produção de embalagens e desenvolvendo soluções inovadoras para minimizar o desperdício e maximizar a reutilização de recursos. Esses esforços refletem sua dedicação à transição para uma economia circular e a redução de sua pegada ambiental.

Também estamos comprometidos com a biodiversidade, integrando a conservação nas cadeias de suprimentos agroindustriais e adotando práticas de manejo florestal sustentável e a proteção de habitats em conjunto com fundos para projetos de conservação com diversas organizações para mobilizar financiamento privado em apoio à natureza.

Ao realizar esta ação, contribuimos com a proteção e recuperação da biodiversidade, gerando um impacto positivo nas comunidades locais e globais. Isso nos permite alcançar uma maior transparência e responsabilidade nas nossas operações, fortalecendo nossa proposta de valor em direção a um futuro sólido e sustentável tanto para a organização quanto para nossas pessoas e o planeta.

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