Como realizar o Descarte de Embalagens de Agrotóxicos da Forma Correta

O descarte de embalagens de agrotóxicos, quando incorreto, é extremamente prejudicial para o meio ambiente, para a saúde humana e, também, para o seu bolso.

Mas, não se preocupe: lidar com esta tarefa corretamente é mais simples do que você imagina! Basta seguir com cuidado as 7 etapas específicas abaixo, direcionadas para todo empresário do agronegócio.

Conheça todas a seguir!

A importância de descartar suas embalagens corretamente

Sabemos que nenhuma embalagem deve ser simplesmente jogada no lixo: a grande maioria delas podem levar anos para se decomporem. Por isso faz-se necessária a separação e destinação correta, de modo a contribuir para a preservação do meio ambiente.

No que diz respeito às embalagens de agrotóxicos, o cuidado com o descarte deve ser ainda maior! É preciso considerar que tais embalagens contaminam a água e o solo, podendo ser extremamente prejudiciais para animais, vegetação (a exemplo das plantas aquáticas) e também para o ser humano.

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A intoxicação causada pelos elementos químicos, por sinal, pode ser mortal. E este é mais um forte motivo que levou à criação da Lei 7.802, mais tarde alterada pela Lei 9.974, que trata da responsabilidade de todas as partes envolvidas no ciclo de vida de uma embalagem de produto agrotóxico, sendo elas:

• os agricultores/produtores;
• os canais de distribuição (como vendedores e revendedores);
• os fabricantes;
• o poder público.

Cabe ao poder público, por exemplo, realizar a fiscalização para se certificar de que a lei esteja sendo cumprida, enquanto que ao revendedor cabe a tarefa de indicar o local para devolução das embalagens.

E a você, que possui um negócio ligado ao agronegócio, cabe fazer o descarte corretamente, de modo a evitar as penalidades (multas e, até, a reclusão) e contribuir para o perfeito funcionamento da logística reversa.

Essa logística trata justamente de todo o ciclo de vida da embalagem, da produção até o retorno para um posto credenciado, e é acompanhada de perto pelo Sistema Campo Limpo, prezando pela responsabilidade compartilhada. 

Veja, abaixo, como descartar da forma certa, respeitando o programa e a legislação vigente!

As 7 etapas para o descarte de embalagens de agrotóxicos

01. Separar e usar os EPIs

As embalagens de agrotóxicos podem parecer inofensivas, mas podem ser tão prejudiciais à saúde humana quanto os produtos que armazenam.

Portanto, antes de manuseá-las, certifique-se de ter por perto o Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado para utilizar e se proteger como, por exemplo,  luvas e máscaras.

02. Lavar corretamente as embalagens 

Cada embalagem deve ter o restante de seu conteúdo colocado no tanque do pulverizador. Em seguida, é hora de escolher qual tipo de lavagem será utilizado: a lavagem por pressão ou a tríplice lavagem. 

No primeiro tipo, deve-se ter um mecanismo capaz de direcionar um jato d’água diretamente para dentro da embalagem, de modo a limpá-la por completo, e, então, colocar a água dessa lavagem dentro do tanque.

Já a lavagem tripla inclui fazer o seguinte processo 3 vezes seguidas: 

• completar aproximadamente ¼ da embalagem com água limpa;
• tapar completamente a embalagem e agitá-la por 30 segundos;
• descartar a água no tanque do pulverizador.

Importante: nem todas as embalagens de agrotóxicos são laváveis. As embalagens de papelão, que são consideradas secundárias por armazenarem as embalagens primárias, e não entram em contato direto com os agentes químicos em si, são um exemplo disso. 

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03. Tornar as embalagens inutilizáveis

O correto descarte de embalagens de agrotóxicos pressupõe que elas serão inutilizáveis. 

Afinal, o objetivo é evitar que contaminem o solo ou causem qualquer tipo de dano, o que significa se certificar de que não poderão ser usadas por outras pessoas, independente da finalidade.

Seu papel, nesse contexto, é furá-las ou cortá-las, para que não possam armazenar mais nenhum produto.

04. Armazená-las adequadamente 

Todos os tipos de embalagens de agrotóxicos (laváveis e não laváveis) devem ser colocados em suas embalagens secundárias ou nas chamadas embalagens de resgate, que são fornecidas pelo revendedor.

Após essa etapa, é importante armazenar essas outras embalagens, já contendo os itens de descarte, em um local que seja fechado, ventilado e acessado somente por pessoas autorizadas, até que chegue o dia de levá-las para o posto de recebimento. 

Existe o prazo de um ano, a partir da data da compra, para fazer o descarte. Portanto, não é preciso “correr” para cuidar dessa tarefa, mas é imprescindível manter as embalagens bem armazenadas até devolvê-las ao lugar correto. 

05. Verificar a qual posto de recebimento levar a embalagem

Veja, em sua nota fiscal de compra, qual é o posto de recebimento para o qual suas embalagens devem ser destinadas. Caso não conste nenhum endereço no documento, solicite-o ao revendedor.

Lembrando que, também nessa etapa, é importante fazer uso de EPIs.

06. Fazer seu agendamento para o descarte correto

Não é possível realizar o descarte de embalagens de agrotóxicos somente indo ao posto de recebimento. É necessário fazer um agendamento prévio.

Portanto, marque um dia e um horário com antecedência e, caso não tenha o contato para isso, converse novamente com o revendedor que forneceu os produtos.

07. Guardar o comprovante de descarte/devolução

A última etapa do descarte é o recebimento do comprovante de devolução.

Trata-se de um documento que comprova que as embalagens de agrotóxicos foram destinadas ao local correto e nas condições adequadas. Ele deve ser guardado junto às suas notas fiscais, e apresentado sempre que houver fiscalização em sua propriedade. 

A reciclagem também faz parte desse processo

O correto descarte das embalagens de agrotóxicos é uma iniciativa sustentável por diversos motivos.

Afinal, além de preservar o meio ambiente e mantê-lo livre de contaminações, ela também envolve a reciclagem da maioria dessas embalagens, após dar a elas o devido tratamento, o que contribui para a economia de todos os recursos que seriam empregados em uma nova produção.

Após a implantação da legislação vigente, que também visa educar os produtores, o Brasil se tornou referência no assunto, como mostrado nesta matéria do portal Agro Saber. E para nós, da Smurfit Kappa, estar no mercado brasileiro e contribuir diretamente para que milhões de toneladas de papel e papelão sejam recuperados todo ano não poderia ser mais gratificante.

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